(ENEM PPL - 2014) Cena O canivete voou E o negro comprado na cadeia Estatelou de costas E bateu coa cabea na pedra ANDRADE, O. Pau-brasil. So Paulo: Globo, 2001. O Modernismo representou uma ruptura com os padres formais e temticos at ento vigentes na literatura brasileira. Seguindo esses aspectos, o que caracteriza o poema Cena como modernista o(a)
(ENEM PPL - 2014) Se observarmos o maxixe brasileiro, a beguine da Martinica, o danzn de Santiago de Cuba e o ragtime norte-americano, vemos que todos so adaptaes da polca. A diferena de resultado se deve ao sotaque inerente msica de cada colonizador (portugus, espanhol, francs e ingls) e, em alguns casos, a uma maior influncia da msica religiosa. CAZES, H. Choro: do quintal ao Municipal. So Paulo: Editora 34, 1998 (adaptado). Alm do sotaque inerente msica de cada colonizador e da influncia religiosa, que outro elemento auxiliou a constituir os gneros de msica popular citados no texto?
(ENEM PPL - 2014) Sem flecha, na rima O grupo de rap Br MCs, criado no final de 2009, formado pelos pares de irmos (da o bro, de brother) Bruno/Clemerson e Kelvin/Charles, jovens que cresceram ouvindo hip hop nas rdios da aldeia Jaguapiru Bororo, em Dourados, Mato Grosso do Sul. Desde o comeo a gente no queria impor uma cultura estranha que invadisse a cultura indgena afirma o produtor, chamando a ateno para o grande destaque do Br MCs: as letras em lngua indgena. Expressar-se em lngua originria e fazer com que os jovens indgenas percebam a vitalidade do idioma nativo uma das motivaes do grupo. A dificuldade maior vem dos crticos, que no aceitam o fato de que a cultura indgena dinmica e sempre incorpora novidades. Mas ndio cantando rap?, tem gente que questiona. O rap de quem canta, de quem gosta, no s dos americanos avalia Dani [o vocal feminino]. BONFIM, E. Revista Lngua Portuguesa, n. 81, jul. 2012 (adaptado). Considerando-se as opinies apresentadas no texto, a indagao Mas ndio cantando rap? traduz um ponto de vista que evidencia
(ENEM PPL - 2014) Fogo frio O Poeta A nvoa que sobe dos campos, das grotas, do fundo dos vales, o hlito quente da terra friorenta. O Lavrador Engana-se, amigo. Aquilo fumaa que sai da geada. O Poeta Fumaa, que eu saiba, somente de chama e brasa que sai! O Lavrador E, acaso, a geada no fogo branco cado do cu, tostando tudinho, crestando tudinho, queimando tudinho, sem pena, sem d? FORNARI, E. Trem da serra. Porto Alegre: Acadmica, 1987. Neste dilogo potico, encena-se um embate de ideias entre o Poeta e o Lavrador, em que
(ENEM PPL - 2014) Na tirinha, o autor utiliza estratgias para atingir sua finalidade comunicativa. Considerando os elementos verbais e no verbais que constituem o texto, seu objetivo
(ENEM PPL - 2014) Voc se preocupa com sua famlia, com seu trabalho e com sua casa. E com voc? A mulher conquistou um espao de destaque no ambiente profissional, alm de cuidar da casa e do bem-estar da famlia. Acompanhada por essa mudana, tambm veio uma nova vida, com antigos hbitos tipicamente masculinos, como o estresse, a falta de tempo para se cuidar, o tabagismo e a maior incidncia de obesidade e depresso. Isso aumentou muito os casos de infarto e doenas cardiovasculares. Elas j respondem por 30% do nmero total dos casos, que matam seis vezes mais do que o cncer de mama. Cuide-se. Preocupe-se com sua sade. Visite e incentive quem voc gosta a visitar um cardiologista. Cludia, ano 52, n. 2, fev. 2013 (adaptado). Esse texto, publicado em uma revista, inicialmente aponta modificaes ocorridas na sociedade e, em seguida,
(ENEM PPL - 2014) Hipertextualidade O papel do hipertexto exatamente o de reunir, no apenas os textos, mas tambm as redes de associaes, anotaes e comentrios s quais eles so vinculados pelas pessoas. Ao mesmo tempo, a construo do senso comum encontra-se exposta e como que materializada: a elaborao coletiva de um hipertexto. Trabalhar, viver, conversar fraternalmente com outros seres, cruzar um pouco por sua histria, isto significa, entre outras coisas, construir uma bagagem de referncias e associaes comuns, uma rede hipertextual unificada, um texto compartilhado, capaz de diminuir os riscos de incompreenso. LEVY, P. As tecnologias da inteligncia: o futuro do pensamento na era da informtica. So Paulo: Editora 34, 1992 (adaptado). O texto evidencia uma relao entre o hipertexto e a sociedade em que essa tecnologia se insere. Constata-se que, nessa relao, h uma
(ENEM PPL - 2014) Mos dadas No serei o poeta de um mundo caduco. Tambm no cantarei o mundo futuro. Estou preso vida e olho meus companheiros. Esto taciturnos mas nutrem grandes esperanas. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente to grande, no nos afastemos. No nos afastemos muito, vamos de mos dadas. No serei o cantor de uma mulher, de uma histria. No direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela. No distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida. No fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo a minha matria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente. ANDRADE, C. D. Sentimento do mundo. So Paulo: Cia. das Letras, 2012. Escrito em 1940, o poema Mos dadas revela um eu lrico marcado pelo contexto de opresso poltica no Brasil e da Segunda Guerra Mundial. Em face dessa realidade, o eu lrico
(ENEM PPL - 2014) Sermo da Sexagsima Nunca na Igreja de Deus houve tantas pregaes, nem tantos pregadores como hoje. Pois se tanto se semeia a palavra de Deus, como to pouco o fruto? No h um homem que em um sermo entre em si e se resolva, no h um moo que se arrependa, no h um velho que se desengane. Que isto? Assim como Deus no hoje menos onipotente, assim a sua palavra no hoje menos poderosa do que dantes era. Pois se a palavra de Deus to poderosa; se a palavra de Deus tem hoje tantos pregadores, por que no vemos hoje nenhum fruto da palavra de Deus? Esta, to grande e to importante dvida, ser a matria do sermo. Quero comear pregando-me a mim. A mim ser, e tambm a vs; a mim, para aprender a pregar; a vs, que aprendais a ouvir. VIEIRA, A. Sermes Escolhidos, v. 2. So Paulo: Edameris, 1965. No Sermo da sexagsima, padre Antnio Vieira questiona a eficcia das pregaes. Para tanto, apresenta como estratgia discursiva sucessivas interrogaes, as quais tm por objetivo principal
(ENEM PPL - 2014) A escrita uma tecnologia intelectual que vem auxiliar o trabalho biolgico. como uma nova memria, situada fora do sujeito, e ilimitada. Com ela no mais necessrio reter todos os relatos este auxiliar cognitivo vem, portanto, relativizar a memria para que a mente humana possa desviar sua ateno consciente para outros recursos e faculdades. Se arriscado associar diretamente o surgimento da cincia ao da escrita, podemos, de qualquer forma, afirmar que a escrita deu impulso e desempenhou um papel fundamental na construo do discurso cientfico. O distanciamento possibilitado pela grafia no papel traz o registro das experincias e das hipteses, o conhecimento especulativo, o documentrio de comprovaes, a compilao de teorias e de paradigmas em torno dos quais as comunidades cientficas vo se agrupar. RAMAL, A. C. Educao na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002. O advento da escrita como tecnologia intelectual est diretamente ligado a uma srie de mudanas na forma de pensar e de construir o conhecimento nas sociedades. A partir do texto, constata-se que, na elaborao do discurso cientfico, a escrita
(ENEM PPL - 2014) O mulato Ana Rosa cresceu; aprendera de cor a gramtica do Sotero dos Reis; lera alguma coisa; sabia rudimentos de francs e tocava modinhas sentimentais ao violo e ao piano. No era estpida; tinha a intuio perfeita da virtude, um modo bonito, e por vezes lamentara no ser mais instruda. Conhecia muitos trabalhos de agulha; bordava como poucas, e dispunha de uma gargantazinha de contralto que fazia gosto de ouvir. Uma s palavra boiava superfcie dos seus pensamentos: Mulato. E crescia, crescia, transformandose em tenebrosa nuvem, que escondia todo o seu passado. Ideia parasita, que estrangulava todas as outras ideias. Mulato! Esta s palavra explicava-lhe agora todos os mesquinhos escrpulos, que a sociedade do Maranho usara para com ele. Explicava tudo: a frieza de certas famlias a quem visitara; as reticncias dos que lhe falavam de seus antepassados; a reserva e a cautela dos que, em sua presena, discutiam questes de raa e de sangue. AZEVEDO, A. O Mulato. So Paulo: tica, 1996 (fragmento). O texto de Alusio Azevedo representativo do Naturalismo, vigente no final do sculo XIX. Nesse fragmento, o narrador expressa fidelidade ao discurso naturalista, pois
(ENEM PPL - 2014) A internet amplia o que queremos e desejamos. Pessoas alienadas se alienam mais na internet. Pessoas interessantes tornam a comunicao com a internet mais interessante. Pessoas abertas utilizam a internet para promover mais interao e compartilhamento. Pessoas individualistas se fecham mais ainda nos ambientes digitais. Pessoas que tm dificuldades de relacionamento na vida real muitas vezes procuram mil formas de fuga para o virtual. Aproveitaremos melhor as possibilidades da internet, se equilibrarmos a qualidade das interaes presenciais na vida pessoal, profissional, emocional com as interaes digitais correspondentes. MORAN, J. M. Disponvel em: www.eca.usp.br. Acesso em: 31 jul. 2012 (adaptado). O texto expressa um posicionamento a respeito do uso da internet e suas repercusses na vida cotidiana. Na opinio do autor, esse sistema de informao e comunicao
(ENEM PPL - 2014) A tendncia dos nomes O nome uma das primeiras coisas que no escolhemos na vida. Estar inscrito nos registros: na maternidade, no RG, no CPF, no obiturio etc. Enfim, uma escolha que no fizemos nos acompanha do bero ao tmulo, pois na lpide se dir que ali jaz Fulano de Tal. SILVA, D. Lngua, n. 77, mar. 2012. Algumas palavras atuam no desenvolvimento de um texto contribuindo para a sua progresso. A palavra enfim promove o encadeamento do texto, tendo sido utilizada com a inteno de
(ENEM PPL - 2014) Essa propaganda visa convencer as mes de que o canal de televiso adequado aos seus filhos. Para tanto, o locutor dirige-se ao interlocutor por meio de estratgias argumentativas de
(ENEM PPL - 2014) Reciclar s parte da soluo O lixo um grande problema da sustentabilidade. Literalmente: todos os anos, cada brasileiro produz 385 kg de resduos d 61 milhes de toneladas no total. O certo seria tentar diminuir ao mximo essa quantidade de lixo. Ou seja, em vez de ter objetos reciclveis, o ideal seria produzir sempre objetos reutilizveis, o que diminui os resduos. Mas, enquanto isso no acontece, temos que nos contentar com a reciclagem. E a que vem um detalhe perigoso: reciclar o lixo tambm polui o ambiente e gasta energia. Reciclar vidro, por exemplo, 15% mais caro do que produzi-lo a partir de matrias-primas virgens. Afinal, feito basicamente de areia, soda e calcrio, que so abundantes na natureza. Ento, nenhuma empresa tem interesse em recicl-lo. J o alumnio um supernegcio, porque economiza muita energia. HORTA, M. Disponvel em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 25 maio 2012. O emprego adequado dos elementos de coeso contribui para a construo de um texto argumentativo e para que os objetivos pretendidos pelo autor possam ser alcanados. A anlise desses elementos no texto mostra que o conectivo